domingo, 10 de junho de 2012

Narrativas - uma forma de lembrar o que passou!

Uma amiga me perguntou como faço para começar a escrever. É interessante essa pergunta, pois dificilmente paramos para pensar. Hoje por exemplo resolvi prestar bem atenção como isso ocorre. 
Após o café da manhã e algumas atividades domésticas, poucas, diga-se de passagem, gosto de me atualizar navegando na internet. Logo que abri o facebook  li a mensagem que minha amiga Izabel postou no facebook ontem à noite, uma frase do Luis Fernando Veríssimo que adorei! 
"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo dos 
seus próprios pensamentos e seus atos. 
A maneira como você encara a vida é que faz toda a diferença. 
A vida muda, quando você muda!".
A partir daí vem a reflexão e é só se deixar levar. Como quero narrar aspectos relacionados às viagens que fiz ou quero fazer, procuro de alguma forma ligar o tema ao que vem pela frente, sinceramente, sem pensar muito. É só começar que o restante vem ... simples assim.
Fiquei pensando em como encaro a vida, e foi muito fácil responder essa pergunta, pois encaro a vida com determinação, com muita vontade de dar certo, com garra em com a certeza de que  os limites podem ser transpostos!
Adoro Viver, ser Feliz, e  adoro Viajar, isso mesmo, tudo com letra maíuscula! Ontem comentei com a Iza, outra amiga e irmã muito querida, que o fato de estar com uma viagem marcada faz com que meus pensamentos comecem a borbulhar, e como gosto de compartilhar, resolvi que a melhor forma de fazer isso é escrever. 
Além dessas narrativas ficarem registradas, daqui a alguns anos terei detalhes sobre como me organizei, onde estive, como isso aconteceu, afinal memória precisa ser cultivada. 
É uma forma de fazer o storytelling da minha vida! Pena que não sei onde foi parar meu site www.cleidegomes.com, espero recuperá-lo, pois nele há detalhes super legais da viagem que Iza e eu fizemos à Lima e depois ao Equador. Se não encontrar, farei um post específico sobre o assunto neste blog.
Viajar realmente sempre fez parte de mim. Algumas vezes por ano Chico Cobra e Conceição, meus pais, nos levavam à Aparecida do Norte. Nem preciso dizer que era uma verdade festa! Imaginem vocês juntar os 12 filhos, mais os dois, alguns netos com destino à capital da fé! 
Era uma delícia. Conceição começava a preparar a viagem na véspera, fazia os seus pastéis de polvilho - deliciosos, acho que vocês nunca provaram nada igual. Não confundam com o pastél de angú, pois não tem nada a ver. Aquele cheirinho de carne moída bem temperada sendo preparada na cozinha traz boas lembranças. 
Eu como sempre dava um jeito de ajudar, logo que ela começava a separar os ingredientes eu já perguntava se podia picar o cheiro verde, e o mais gostoso era comer a massinha crua, sabor de infância que não volta mais, a não ser pelos sentimentos bons que ficaram!
Conceição era organizada e, apesar de não gostar muito de cozinhar, tinha uma boa mão par aos temperos. Levava jeito para ensinar, pois explicava sempre em detalhes o que se devia  ou não  fazer. 
Lembro-me dela também preparando pães, era tão trabalhoso, tinha que sovar muito a massa, e no final, quando o reumatismo a pegou de jeito, era papai que fazia isso. Parece até que estou sentindo aquele cheirinho de pão assando e saindo do forno. 
Quando eu chegava em casa ela perguntava se eu queria um cafezinho, pois sempre gostei muito, e já começava a passar um novinho para mim, Conceição me conhecia bem e sabia que café requentado nunca foi e nunca será a minha praia!
Voltemos à Aparecida do Norte! Pelo menos uma vez por ano íamos agradecer à Nossa Senhora Aparecida pelas bençãos recebidas, Chico Cobra sempre foi um grande devoto e hoje reconheço que aprendi com ele essa devoção. Também me considero uma grande devota de Nossa Senhora Aparecida, ela sempre esteve presente em minha vida, nos bons e nos momentos em que mais precisei de ajuda. 
Recebi uma grande graça, pois quando não conseguia de jeito nenhum engravidar, foi justamente no casamento de amigos, Paulo e Telma Manabe, na Basílica Velha de Aparecida do Norte que fiz um pedido e fui atendida alguns meses depois. Tudo bem que depois tive que novamente fazer outros, enfim serão outros posts sobre essas idas e vindas.
As viagens com a família eram divertidas, íamos de kombi, vocês imaginam todos juntos, falando sem parar, várias crianças sempre dizendo que estavam com fome? Até que papai parava e fazíamos o picnic, evidentemente, na ida e na volta! 
Assistíamos à missa, pedíamos ao padre para benzer as chaves da casa, do carro e retornávamos. Nunca dava tempo para passear,  e o medo de perder um dos filhos do caminho?
Bons momentos esses que vivemos, pequenas viagens com tantos significados! Infelizmente, na época não tinhamos máquina fotográfica, o bom era que sempre tinha o lambe-lambe na frente da igreja, só que era caro, porém um dia fizemos essa foto que guardo com muito carinho. Também deve ser o único registro que tenho dessas idas e vindas em família!
Cobrinhas reunidas em Aparecida do Norte
Viagens simples e gostosas que ficarão para sempre registradas em nossas memórias!
Beijos e até a próxima!
Cleide

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